Esta artéria do sítio do Rato, conhecida por Rua Direita do Rato, passou por deliberação camarária de 16/08/1881 a denominar-se Rua do Rato. Depois por deliberação da CML de 29/09/1910 e respectivo edital de 05/11/1910 (o primeiro da CML após a implantação da República), a Rua do Rato passou a denominar-se Praça do Brasil. Conforme refere Norberto Araújo, nas suas «Peregrinações em Lisboa», «só os dísticos municipais e os letreiros dos eléctricos dizem Praça do Brasil; título pomposo com o qual a República portuguesa nascente em 1910 quis consagrar a República irmã mais velha de Além Atlântico». Mais tarde, por edital de 23/12/1948, regressou ao topónimo Largo do Rato. Por este mesmo edital foram também repostas as denominações Campo Grande (Campo 28 de Maio), Avenida D. Carlos I (Avenida do Presidente Wilson), Praça do Príncipe Real (Praça do Rio de Janeiro) e Campo Pequeno (Largo Dr. Afonso Pena).

O topónimo Rato advém de Luís Gomes de Sá e Menezes (natural de Elvas e segundo Luís Pastor de Macedo, falecido provavelmente em 01/11/1665), conhecido pela alcunha de Rato, e que foi o 2º padroeiro do convento das Trinitárias do sítio de Campolide e portanto o que deu o nome ao convento, ao sítio e por fim, ao arruamento. Narra Norberto Araújo que «Já antes do Terramoto o Largo do Rato crescia em póvoa, em tumulto de tendas ao ar livre, e algum casario; um chafariz – que não é na sua forma o actual – começou a correr água em 4 de Outubro de 1744. depois do cataclismo, o sítio converteu-se em acampamento de foragidos, de tal modo que, em 1759, se determinou dar ao eirado ou largo a forma urbanística que perdurou até 1937; abriram-se depois, em rectificação de caminhos entre quintas, a Rua da fábrica da Louça, a Praça das Amoreiras, e a Rua de S. Filipe Nery, esta mais tardia».

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