Toponimia - detalhe

Dramaturgo,Escritor,Jornalista,Outros,Poeta,Professor

Praça Dom João da Câmara

Figura Gloriosa do Teatro Português 1852 - 1908
  • Freguesia(s): Santa Maria Maior
  • Início do Arruamento: Confluência da Rua 1º de Dezembro, Praça D. Pedro IV e Largo do Regedor.
  • Data de Deliberação Camarária: 07/07/1922
  • Data do Edital: 17/10/1924
  • Designação(ões) Anterior(es): Largo de Camões.

O alfacinha D. João Gonçalves Zarco da Câmara (Lisboa/27.12.1852 -02.01.1908/Lisboa) que nasceu e viveu no Palácio sito no nº 66 da Rua da Junqueira – onde mais tarde vão funcionar o Liceu D. João de Castro e o Rainha D. Amélia – passou a dar nome ao Largo do Camões, arruamento na confluência da Rua Primeiro de Dezembro, Praça D. Pedro IV e Largo do Regedor, pelo Edital municipal de 17de outubro de 1924.

Esta artéria era o Largo de Camões já assim denominado em 1858 no Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque bem como no projeto municipal de 1895 para alinhamento do Largo do Regedor e do Largo de Camões para ampliação da Caserna do Serviço de Incêndios. E foi neste arruamento próximo do Teatro D. Maria I que a edilidade na sua reunião de Câmara de 21 de Julho de 1922 decidiu perpetuar o nome do dramaturgo D. João da Câmara, designando-a como Praça, embora o edital de 1924 tenha mencionado Largo e durante décadas se tenha mantido a duplicação de referências.

D. João Gonçalves Zarco da Câmara (27.12.1852 -02.01.1908), alfacinha do nascimento à morte, viveu no Palácio sito no nº 66 da Rua da Junqueira (onde mais tarde funcionaram o Liceu D. João de Castro e mais tarde, o Rainha D. Amélia) e embora fosse engenheiro dos caminhos-de-ferro dedicou-se à escrita, sobretudo a de teatro, tendo-se estreado em 1876 no teatro D. Maria com a comédia «Ao Pé do fogão». Como seus êxitos maiores destacam-se as operetas «O burro do Sr. Alcaide» (1891) e «Cocó, reineta e facada» (1893), bem como as peças «Bernarda no Olimpo» (1874), «Meia-Noite» (1890), «D. Afonso VI» (1890), «Alcácer Quibir» (1891), «Os Velhos» (1893), «A Toutinegra Real» (1894), «O Amigo das mulheres» (1896), «Triste Viuvinha» (1897), «Rosa Enjeitada» (1901) e «Ali-babá» (1904). D. João da Câmara publicou também poemas, romances e contos para além da sua colaboração na revista «O Ocidente» e de ensinar Arte de Representar no Conservatório de Lisboa.
[PM]

FONTES E BIBLIOGRAFIA:
. Editais municipais
. Atas das Sessões de Câmara
. Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque
. ESTEVES, Joaquim Moura (1997), «Engenheiros na toponímia de Lisboa», Lisboa : CML, 1997

Recursos associados


Foto - Homenageado - João da Câmara
Homenageado, João da Câmara
Foto - Edital da Rua - Edital de 17/10/1924 cont.
Edital da Rua, Edital de 17/10/1924 cont.
Foto - Edital da Rua - Edital de 17/10/1924
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Foto - Edital da Rua - Edital de 29/07/1922
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