À Avenida Hintze Ribeiro, aprovada por deliberação camarária de 27/11/1902 e edital de 29/11/1902, foi atribuído o topónimo Avenida Miguel Bombarda, através de Edital de 05/11/1910 (o primeiro do período republicano), em homenagem a este médico psiquiatra e político republicano português.

Miguel Augusto Bombarda, nasceu no Rio de Janeiro em 1851 e foi assassinado no seu próprio gabinete por um doente louco que lhe deu um tiro, a 3 de Outubro de 1910, dia em que rebentou a revolução. Formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, defendeu, em 1877, uma tese sobre O Delírio das Perseguições e especializou-se em Psiquiatria. Foi médico no Hospital de S. José e, em 1892, assumiu o cargo de Director do Hospital de Rilhafoles (actualmente Hospital Miguel Bombarda).
Foi um dos fundadores, com Miguel Bento e Sousa Martins, do jornal Medicina Contemporânea e pertenceu a numerosas sociedades científicas, nacionais e estrangeiras, entre as quais a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Sociedade de Ciências Naturais, onde foi presidente. Entrou na política em 1908 como deputado, afirmando-se liberal e anticlerical e no ano seguinte torna-se membro do Partido Republicano Português. Foi membro responsável, juntamente com Cândido dos Reis e Machado Santos, pelo movimento revolucionário para a implantação da República, porém não chegou a assistir à vitória dos republicanos, por ter sido assassinado, poucas horas antes do início da revolta. A cerimónia fúnebre de Miguel Bombarda foi realizada em conjunto com a do Almirante Cândido dos Reis, no dia 6 de Outubro de 1910.
Da sua obra destaque para: Traços de Fisiologia Geral e de Anatomia dos Tecidos, Dos Hemisférios Cerebrais e suas Funções Psíquicas, Distrofias por Lesão Nervosa, O Delírio do Ciúme, O caso de Josefa Greno, Consciência e Livre Arbítrio, entre outros.
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