O topónimo Largo de Rilvas foi atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa através de deliberação camarária de 16/08/1881 ao antigo Largo das Cortes Velhas. Pela mesma deliberação foram ainda atribuídas na mesma freguesia a Rua da Costa, Rua das Janelas Verdes, Rua das Necessidades e a Rua do Sacramento a Alcântara.

O edital data de 22/08/1881 e teve o propósito de simplificar a denominação de vários arruamentos, retirando o epíteto “direita” a onze arruamentos (ex: a Rua Direita do Rato passou a Rua do Rato). Nota dissonante do propósito do edital foi este topónimo Largo do Rilvas, que veio substituir o anteriormente denominado Largo das Côrtes.

A Comissão Consultiva Municipal de Toponímia, na sua reunião de 23/04/1954, na sequência de uma informação da Secção de Escrivania da CML onde era solicitado que se pronunciasse da forma como deveriam ser escritos os letreiros de vários arruamentos, foi de parecer que no caso do Largo de Rilvas deveria ser substituída a partícula “de” por “do”, e que no caso das ruas de João de Lemos e de Luís de Camões esta fosse suprimida.

Esta alteração da preposição ficou a dever-se ao topónimo estar relacionado com o 2º Barão, visconde e Conde de Rilvas, João Gomes de Oliveira Silva Bandeira de Melo (1823-1889), que aí residiu. O 1º Conde de Rilvas, foi Simão Félix de Calça e Pina, (1764-1865). O título foi criado por D. Luis I, rei de Portugal por decreto de 1862.
(AA)

Bibliografia:

Edital da CML de 22/08/1881

Actas da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa, Vol 1, Comissão Municipal de Toponímia, Lisboa: Câmara Municipal, 2000

Nobreza de Portugal e do Brasil, Zuquete, Afonso Eduardo Martins (dir., coord. e compil.); Lisboa, Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, 1960-1989

Base de Dados da Toponímia