A poesia de Al Berto, reflectindo vivências de uma juventude errante, variando entre o profusão de experiências emocionais e físicas e uma melancolia desolada e solitária, faz alusões bastante significativas a modelos literários, como Rimbaud, Genet e Burroughs, que marcam um percurso de marginalidade. Assim, esta presença está patente na paixão urgente e dolorosa, na transgressão sexual, na vertigem autodestrutiva, na solidão, na experiência do deserto e da morte. A obra deste poeta tem características muito próprias. Assim, cultivando uma poesia fortemente lírica e de índole confessional, pode ser considerado como um dos mais melancólicos poetas da poesia recente portuguesa. O seu nome foi atribuído a um arruamento junto a outros nomes ligados à literatura.