Toponimia - detalhe
Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen
Poeta 1919 - 2004- Freguesia(s): São Vicente
- Início do Arruamento: Largo da Graça
- Fim do Arruamento: Sem saída
- Data de Deliberação Camarária: 22/10/2008
- Data do Edital: 13/11/2008
- Designação(ões) Anterior(es): "Miradouro da Graça"
Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto/06.11.1919 - 02.07.2004/Lisboa) distinguiu-se na memória dos portugueses como a sua maior poeta, para além de ser a autora de diversos livros infantis que marcaram várias gerações.
Escreveu os seus primeiros poemas aos doze anos e publicou a sua primeira obra – «Poesia» –, aos 23 anos, em 1944. Prosseguiu com uma produção literária de mais de duas vintenas de títulos de poesia, prosa e até ensaio, bem como de diversas edições de literatura infantil onde se destacam «A Fada Oriana» e «A Menina do Mar» a que ainda se soma as suas traduções de Claudel, Dante, Eurípedes ou Shakespeare.
Foi galardoada inúmeras vezes com prémios nacionais e internacionais, nomeadamente com o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores (1964), o Prémio Teixeira de Pascoaes (1977), o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação de Críticos Literários (1983), os Prémios D. Dinis da Fundação Casa de Mateus e Inasset-INAPA e o Grande Prémio de Poesia Pen Clube (todos em 1990), o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças (1992), a Placa de Honra do italiana Prémio Petrarca (1995), o Prémio da Fundação Luís Miguel Nava (1998), o Prémio Camões (1999), o Prémio Max Jacob-Poesia Estrangeira 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero Americana (2003).
Sophia não se coibiu de ter intervenção cívica e de ser uma resistente contra o regime de Salazar, nomeadamente como membro fundador da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e erguendo a sua poesia como voz de Liberdade, especialmente com «O Livro Sexto», de 1962. Após o 25 de Abril redigiu um poema para assinalar esse dia, o qual se encontra inscrito numa placa do Quartel do Carmo. Também logo em 1975, foi eleita pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte.
A escritora viveu mais de sessenta anos em Lisboa, particularmente na Travessa das Mónicas, no Bairro da Graça, razão preponderante para a perpetuar na toponímia de Lisboa num Miradouro dessa freguesia.
[PM]