Ernesto Rodrigues Soares (Mafra/27.02.1887 - 17.12.1966/Lisboa) filho do escrivão de Direito José Rodrigues Soares e de D. Nazaré Rodrigues Soares, viria a notabilizar-se como professor e investigador da gravura portuguesa tendo sido considerado o maior investigador português da iconografia portuguesa.

Ernesto Soares concluiu o curso liceal na Escola Académica de Lisboa e casou com a
filha do farmacêutico proprietário da Farmácia Rolim, de Mafra e nessa terra, até 1914, exerceu a profissão de escrivão de Direito. Nesse ano é preso por ter aderido à sublevação monárquica conhecida por Revolta da Água-Pé e após ser libertado fixou residência em Lisboa e tornou-se professor de Português e Latim no Colégio Académico e, mais tarde, na Escola Lusitânia da qual foi seu subdirector.

Em paralelo produziu um considerável número de artigos e obras sobre a história da gravura e dos gravadores portugueses, datando o seu primeiro trabalho de 1928, e foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, sócio da Academia Portuguesa de Ex-Librís e da Academia Nacional de Belas Artes.

O largo da freguesia de Benfica em que Lisboa guarda a sua memória situa-se no mesmo bairro onde estão arruamentos dedicados a outros historiadores como António Baião e Laranjo Coelho.

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