Toponimia - detalhe

Equipamentos urbanos

Largo do Chafariz de Dentro

  • Freguesia(s): Santa Maria Maior
  • Início do Arruamento: Confluência entre a Rua do Terreiro do Trigo e Rua Jardim do Tabaco, Rua dos Remédios e Rua de São Pedro

Nas Memórias Paroquiais de Lisboa o Chafariz de Dentro aparece descrito da seguinte forma: “Dentro da freguesia (S. Miguel) há duas fontes. Uma chamada o chafariz de Dentro. A sua formalidade é a seguinte, um tanque, que terá de comprido seis varas, e de largo duas; nos lados deste, estão outros mais pequenos, em que corriam quatro bicas de agua (isto é duas em cada um) porem desde o ano do terramoto de cinquenta, e cinco até ao presente não correrão; e a este chafariz concorria muita gente de todo o circuito a aproveitar se das suas aguas.”
O arruamento é antiquíssimo. Norberto de Araújo considera-o “o Rossio de tôda a Alfama, e melhor diria o seu Terreiro do Paço pois muitos séculos não há que o mar aqui chegava. (...)”
O chafariz tem o nome “de Dentro” porque no século XIV ficava entre muralhas. A cerca fernandina tinha uma porta para o largo. Abundante de águas, era utilizado intensamente. Em 1494 foi objecto de arranjos, mas foi em 1622 que as obras principais tiveram lugar, das quais nos fica a memória na seguinte inscrição da frontaria: “Êste Chafariz mandou a Câmara desta Cidade reformar no ano de 1622, sendo presidente dela João Furtado de Mendonça do Conselho de Sua Majestade', o qual se reformou com o dinheiro do real d’água” (...)
O Chafariz de Dentro chamou-se inicialmente “dos Cavalos” devido às suas águas jorrarem da boca de uns cavalos de bronze que adornavam a frontaria. Consta que as bicas foram roubadas pelas tropas de Trastamara, aquando do cerco de Lisboa de 1384.
AA

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