“Aos dezassete dias do mês de Maio de mil novecentos e setenta e dois, pelas quinze horas, numa das salas dos Paços do Concelho, reuniu a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia, (...) A Comissão apreciou o seguinte expediente:
Informação da Secção de Escrivania, com relação dos arruamentos ainda sem denominação própria.
Parecer: Considerando que por deliberações camarárias de vinte e três de Março de mil novecentos e trinta e dois, catorze de Abril do mesmo ano e doze de Abril de mil novecentos e trinta e quatro foram atribuídos os nomes de Carolina Michaelis de Vasconcelos, João Pinto Ribeiro Pery de Linde e Gregório Lopes a arruamentos cujos planos de urbanização não chegaram a executar-se, a Comissão é de parecer que esses nomes passem a identificar os arruamentos abaixo indicados, como segue: (...) Rua “A” ao Calhariz de Benfica, ou arruamento ao longo do caminho de ferro, situado entre a Rua Tenente Coronel Ribeiro dos Reis e a Rua Manuel Correia Gomes: Rua Carolina Michaelis de Vasconcelos/Professora/1851 – 1925”

Também, por edital de 04/12/1981, publicado no D.M. 13788 de 15/12/1981, o arruamento situado entre a Rua Manuel Correia Gomes e a Avenida Gomes Pereira e que constitui prolongamento da Rua Carolina Michaelis de Vasconcelos, foi integrado nesta rua, tomando, a sua denominação.
Carolina Michaëlis de Vasconcelos foi linguista, filóloga, etnógrafa e historiadora da literatura portuguesa. Nasceu em Berlim no ano de 1851, mas residiu muitos anos no Porto após ter casado conm o arqueólogo e crítico de arte Joaquim de Vasconcelos. Em 1872 foi nomeada intérprete oficial das línguas ibéricas.
Foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa e de Coimbra, para além de ter dirigido a Revista Lusitana e ter colaborado em diversos jornais e revistas.
Foi distinguida como sócia honorária do Instituto de Línguas Vivas de Berlim (1877), doutora pelas Universidades de Friburgo (1893), Coimbra (1916) e Hamburgo (1923) e ainda o oficialato da Ordem de Santiago (1905).
Na sua vasta e prestigiada obra, destacam-se: «Poesia de Francisco Sá de Miranda» (1885), «A Infanta D. Maria de Portugal e as Damas da sua Corte» (1902), «Edição Monumental do Cancioneiro da Ajuda» (1904 - 1921), «Lições de Filologia Portuguesa» (1912), «Notas Vicentinas» (1912-1922). [IN]

Recursos associados

---