Toponimia - detalhe

Dramaturgo

Rua Xavier de Magalhães

Autor Teatral 1885 - 1948
  • Freguesia(s): Marvila
  • Início do Arruamento: Largo Álvaro de Andrade
  • Fim do Arruamento: Avenida Paulo VI
  • Data de Deliberação Camarária: 08/03/1995
  • Data do Edital: 20/03/1995
  • Designação(ões) Anterior(es): Rua do Bairro de Alfenim, compreendido entre a Rua Sousa Bastos e a Avenida Paulo VI, de acesso aos lotes 17 a 23.

Jornalista e autor de teatro de revista e opereta, Xavier de Magalhães, o autor da revista Maria Rapaz e da letra das Lavadeiras de Caneças, está desde 1995 perpetuado numa artéria de Marvila, no Bairro do Alfenim, tendo por companhia através do Edital municipal de 20 de março de 1995 mais 6 artérias de gente de teatro: a Rua Sousa Bastos, o Largo Álvaro de Andrade, a Rua Bento Mântua, a Rua Ernesto Rodrigues, a Rua Lino Ferreira e o Largo Vitoriano Braga.

Com a legenda «Autor Teatral/1885 – 1948», a Rua Xavier de Magalhães consagra Ernesto Carlos Xavier de Magalhães (Lisboa/10.07.1885 – 04.03.1948/Lisboa), escritor de teatro e jornalista. Começou a trabalhar no periódico humorístico Os Ridículos, dirigido por Cruz Moreira (1862-1930) e qual chegou a ser subdiretor, pelo que não se estranha que também tenha feito a letra do fado de Os Ridículos, com música de Henrique M. Cabral e dedicado a Cruz Moreira, Caracoles de pseudónimo. Este jornal foi uma das principais folhas humorísticas da época, tendo de 1895 a 1898, a sua primeira sede na Rua Augusta, nº 47 e na segunda, de 1905 a 1963, altura em que entra Xavier de Magalhães, já era na Rua da Barroca, 131-1º. Xavier de Magalhães também foi colaborador em O Zé, semanário de caricaturas e humorístico publicado de 1910 e 1 de Março de 1919 e dirigido por Estêvão de Carvalho (1881-1935), sediado na Travessa da Espera, n.º 53 – 1º.

Como autor de teatro, estreou-se aos 22 anos com a comédia Faustina e a partir de 1911 especializou-se no género da revista. A sua opereta de costumes populares em 1 prólogo e 3 atos Maria Rapaz, escrita em parceria com Silva Tavares mais Lourenço Rodrigues e com música do Maestro Filipe Duarte, foi um êxito na década de vinte do Século Vinte. Ficaram famosas também A Filha do Panaça bem como a sequela O Casamento de Ernestina, filha do Panaça.

Na sua carreira, de jornalista e de escritor, usou diversos pseudónimos dos quais destacamos Rata do Teatro, Ana de Bolena, Carlos Rodrigues, Comendador Baldança, D. Maria Flor da Murta, Efémero Júnior, Epaminondas II, Eurides, Gamalhães, Irmãos Unidos, Melle Etamine ou Paim de Pamplona.

Alguns dos seus maiores êxitos passaram pelas letras que escrevia para as revistas. Como «A Alma da Guitarra»(1926), o «Fado do Carroceiro» ou o «Fado Mau» que Costinha interpretou em Cozido à Portuguesa ( 1927), o «Pé Descalço», «A Lenda da Romã» ou «Fado do Povo» para a revista Sempre Fixe, ou «O fado do Teatro» para a revista Sempre em Pé. E para a sua revista A Rambóia (1928), Xavier de Magalhães escreveu «As Lavadeiras de Caneças» que Amália cantará mais tarde.

[PM]

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Foto - Edital da Rua - Edital nº 33/1995
Edital da Rua, Edital nº 33/1995
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