É um topónimo antigo cuja data de atribuição se desconhece.
Contudo o nome deriva do local, o Sítio da Luz. Este topónimo teve origem na lenda que diz ter Nossa Senhora aparecido aureolada de luz a Pêro Martins, natural de Carnide, quando este, provável homem de armas, se encontrava aprisionado no Norte de África. A Virgem ter-lhe-à aparecido sucessivas vezes, prometendo livrá-lo do cativeiro e recomendara-lhe que de regresso a Carnide, fizesse erigir sobre a Fonte da Machada uma ermida dedicada a Santa Maria da Luz, cuja imagem encontraria perto daquele local. Pêro Martins foi libertado e regressou a Portugal em 1463. Nas cercanias da Fonte da Machada encontrou Pêro Martins a imagem de N. S. da Luz e com as contribuições dos seus vizinhos e a licença do bispo de Lisboa, erigiu a ermida, na qual a imagem foi solenemente entronizada em 8 de Setembro de 1464.
A ermida teve desde logo uma Irmandade de que fizeram parte o próprio Rei, o bispo de Lisboa e fidalgos, e nela foi sepultado Pêro Martins quando faleceu em 14 de Março de 1466. Veio depois a ser anexada à igreja de S. Lourenço de Carnide, cujo pároco ficou com o encargo de manter o culto e de dar continuidade às festividades religiosas em honra de N. S. da Luz, a 8 de Setembro, as quais persistiram através dos tempos realizando-se na actualidade no último Domingo de Setembro.

Refira-se ainda que o local só foi integrado no concelho de Lisboa em 22 de Julho de 1886. Anteriormente, desde 1840 que pertencia à freguesia de Belém ( paroquial refundada em 1834). Aquando da fundação do concelho de Belém em 1852, passou naturalmente a integrá-lo. Após a extinção do concelho em 1885, Carnide foi integrada pelo curto espaço de um ano no concelho dos Olivais, após o que transitou para Lisboa.