Toponimia - detalhe

Politico,Professor,Republicano,Primeira Guerra

Avenida Afonso Costa

Professor e Estadista 1871 - 1937
  • Freguesia(s): Areeiro
  • Início do Arruamento: Praça Francisco Sá Carneiro
  • Fim do Arruamento: Rotunda das Olaias
  • Data do Edital: 30/12/1976
  • Designação(ões) Anterior(es): Arruamento que partindo da Praça do Areeiro segue para Nascente e é vulgarmente designado por prolongamento da Avenida João XXI.

Ao anteriormente designado por "arruamento que partindo da Praça do Areeiro segue para nascente e é vulgarmente designado por prolongamento da Avenida João XXI”, foi atribuído o topónimo Avenida Afonso Costa, conforme edital datado de 30/12/1976. Anteriormente, em reunião da Comissão Consultiva Municipal de Toponímia de 29 de Junho de 1976, já tinha sido deliberado sugerir que o topónimo Avenida Afonso Costa fosse atribuído ao arruamento situado a Norte do Parque Eduardo Sétimo, entre a Avenida Sidónio Pais e a Rua Castilho, atribuição que nunca foi efectivada (actual Alameda Cardeal Cerejeira), pelo que voltou a reunião da Comissão, em 30 de Dezembro de 1976, conforme acta nº 120/76, onde pode ler-se: "Aos trinta dias do mês de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis, numa das salas dos Paços do Concelho, reuniu a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia, (...) Mais foi deliberado sugerir: Que o arruamento que, partindo da Praça do Areeiro segue para Nascente e é vulgarmente designada por prolongamento da Avenida João Vinte e Um, passe a denominar-se: Avenida Afonso Costa/Professor e estadista/1871 – 1937” e, por fim oficializado pelo Edital acima referenciado.
Afonso Augusto da Costa nasceu em Seia em 6 de Março de 1871 e faleceu em Paris em 11 de Maio de 1937.
Licenciou-se (1894) e doutorou-se (1895) em Direito na Universidade de Coimbra, com um trabalho sobre o tema A Igreja e a Questão Social.
Foi um advogado de grande prestígio e um dos juristas mais respeitados do seu tempo devido ao rigor da argumentação e fundamentação das suas teses. Foi professor na Universidade de Coimbra, na Escola Politécnica de Lisboa e na Faculdade de Estudos Sociais e de Direito (depois Faculdade de Direito) de Lisboa – que fundou (1913) e de que foi o primeiro director – e no Instituto Superior de Comércio (1915).
Ainda antes da proclamação da República já era um dos vultos mais influentes do Partido Republicano, publicou (1890), com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), notabilizando-se pelo ímpeto dos seus discursos contra o regime monárquico.
Proclamada a República, foi parlamentar (1911-26) e assumiu funções governativas como Ministro da Justiça (1910-11), Ministro das Finanças (1913-14 e 1915-17) e Presidente do Ministério (1913-14, 1915-16 e 1917).
Para além do contributo que deu à Constituição Republicana (1911), devem-se-lhe as iniciativas políticas que conduziram à elaboração de leis, entre outras: a Lei da Família, a Lei do Registo Civil, a Lei do Divórcio, a Lei da Separação do Estado e das Igrejas (1911), a Lei do Inquilinato, a Lei da Reorganização Judiciária, a Lei da Reforma Monetária, a Lei da Expulsão das Ordens Religiosas.
Afastado pelo golpe de Sidónio Pais em 1917 e mesmo exilado em França, Afonso Costa foi nomeado presidente da delegação portuguesa na Conferência de Paz de Versalhes e mais tarde presidente da delegação portuguesa junto da Sociedade das Nações, cargo de que foi demitido logo após o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926.(IN)

Bibliografia: Acta nº 118 e 120/76; arquivomunicipal.cm-lisboa.pt; www.parlamento.pt; www.infopedia.pt/$afonso-costa





Recursos associados


Foto - Edital da Rua - Edital nº 120/1976
Edital da Rua, Edital nº 120/1976
Foto - Homenageado - Afonso Costa
Homenageado, Afonso Costa
Foto - Placa Toponimica - Placa Tipo II
Placa Toponimica, Placa Tipo II
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