Toponimia - detalhe

Náuticos e marítimos

Travessa das Galeotas

  • Freguesia(s): Belém
  • Início do Arruamento: Rua da Junqueira
  • Fim do Arruamento: Avenida da India

Constituída por despacho de 26/10/1943, do então Presidente da Câmara Rodrigues de Carvalho, a Comissão de Toponímia reuniu pela primeira vez em 27/11/1943 sob a presidência do Vereador João Couto e contando com a colaboração dos olisipógrafos Augusto Vieira da Silva e Luís Pastor de Macedo, e de Jaime Lopes Dias. Ao longo de 19 reuniões, num trabalho que se prolongou até ao dia 11/12/1945, a comissão ocupou-se da apreciação e aprovação da toponímia em uso em centenas de arruamentos, nos quais este se incluiu.

Escreve Norberto de Araújo: «Aí temos do lado do mar, e passada a Cordoaria, estas duas Travessas dos Escaleres e das Galeotas – adoráveis dísticos – serventias que morrem na Avenida da Índia (…).»

Esta travessa, cujo topónimo se liga intimamente à relação da cidade com o seu rio e o seu porto, homenageia as pequenas embarcações denominadas galeotas que eram galés pequenas, de vela e a remos.

Destas se destacaram as galeotas reais, na sua maioria datando ainda do século XVIII. Embarcações a remos ricamente decoradas, eram utilizadas por membros da família real e altos dignitários em passeios no rio Tejo. A mais imponente de todas era o bergantim real, construído em 1780.

A honra da condução das galeotas reais cabia a uma elite de remadores (os Algarves) que, por possuírem determinadas características, constituíam um grupo restrito e privilegiado de funcionários da Coroa.
(AA)

Bibliografia:

Actas da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa, Vol 1, Comissão Municipal de Toponímia, Lisboa: Câmara Municipal, 2000

Araújo, Norberto de; Barata, Martins, co-autor, Peregrinações em Lisboa, 15 volumes, Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 1938-39

museu.marinha.pt/Museu/Site/PT/Exposicoes/ExposicaoPermanente/Pavilh%C3%A3odasGaleotas.htm


voltar