Toponimia - detalhe

Politico

Avenida Fontes Pereira de Melo

  • Freguesia(s): Santo António , Arroios , Avenidas Novas
  • Início do Arruamento: Praça Marquês de Pombal
  • Fim do Arruamento: Praça Duque de Saldanha
  • Data de Deliberação Camarária: 04/12/1902
  • Data do Edital: 11/12/1902
  • Designação(ões) Anterior(es): Rua Fontes (Pereira de Melo)

Esta artéria que homenageia António Maria Fontes Pereira de Melo, falecido em janeiro de 1887, nasceu integrada no Plano das Avenidas Novas, do Eng.º Ressano Garcia, aprovado em 1888 na Câmara Municipal de Lisboa, que seguia as ideias urbanísticas do séc. XIX, aplicando os princípios higienistas de combate à insalubridade das densas vilas da industrialização, definindo um traço regular formado por quarteirões uniformes, numa sequência de eixos estruturantes articulados por rotundas. Neste plano, a Avenida Fontes Pereira de Melo constituía o elemento de ligação do conjunto das ruas adjacentes ao Parque da Liberdade (hoje Parque Eduardo VII) com o núcleo Picoas – Campo Grande.

Tão evidente era o nome do político que construiu o Fontismo que o topónimo foi atribuído como Rua Fontes, por deliberação camarária de 31/12/1887 e Edital de 10/01/1888. Mais tarde, o Edital municipal de 11/12/1902 mudou-lhe a categoria para Avenida, já como Fontes Pereira de Melo.

António Maria Fontes Pereira de Melo (Lisboa/08.09.1819-22.01.1887/Lisboa), foi o chefe do Partido Regenerador que presidiu ao Conselho de Ministros por três vezes, de 1871 a 1886, período que ficou conhecido como Fontismo, caracterizado pela promoção de obras públicas como o aumento do número de estradas, o primeiro troço dos caminhos-de-ferro, a primeira linha telegráfica e a inauguração de carreiras regulares de barcos a vapor (no Tejo, Sado e Lisboa- Açores) e serviços postais, para além da fundação dos Institutos Industrial e Agrícola, sendo então pela primeira vez ter criado o Ministério das Obras Públicas que ele próprio assumiu.

Fontes Pereira de Melo começou a sua carreira política como deputado por Cabo Verde e nessa qualidade se mostrou contrário à Lei das Rolhas de 1850 que impunha restrições à liberdade de imprensa. Foi ainda Ministro da Marinha e do Ultramar, Ministro da Fazenda e da Guerra, governador da Companhia de Crédito Predial Português e Presidente do Supremo Tribunal Administrativo.
[PM]

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