Toponimia - detalhe

artesãos e ofícios

Travessa do Sebeiro

  • Freguesia(s): Alcântara
  • Início do Arruamento: Rua da Cruz a Alcântara
  • Fim do Arruamento: Rua do Alvito

Da vocação manufactureira e industrial de Alcântara, graças ao seu fácil acesso a linhas de água, nasce a Travessa do Sebeiro no Bairro do Alvito, acima da Rua da Fábrica da Pólvora, entre a Rua da Cruz a Alcântara e a Rua do Alvito.

Desconhece-se a data em que a Travessa do Sebeiro se fixou na memória do Bairro do Alvito, mas das quatro travessas deste Bairro duas delas – a do Sebeiro e a dos Surradores – relacionam-se com manufacturas e indústrias. Sebeiro é aquele que prepara ou vende sebo, material que na sua acepção industrial é um despojo usado para a fabricação de glicerina, sabões e cosméticos. Surradores são aqueles que curtem as peles.

Já no final do séc. XVII, a mando de D. João V fora instalada nesta zona a fábrica da pólvora. Após o Terramoto, foram os fornos de cal dos irmãos Sthephens, as estamparias de algodão e as fábricas de curtumes e, no séc. XIX, foi a vez da indústria química, de sabões, velas de estearina e outros óleos. Alcântara foi um pólo industrial da zona ocidental de Lisboa, em que as unidades industriais se espalhavam ao longo do Vale de Alcântara, aproveitando as águas da ribeira que corria onde hoje é a Avenida de Ceuta.
[PM]

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