O MFA (Movimento das Forças Armadas), ou Movimento dos Capitães como numa primeira fase conspirativa se chamou, tinha como principal objectivo o fim da guerra colonial.
Na madrugada do dia 25 de Abril de 1974 diversas unidades, aderentes ao Movimento das Forças Armadas, revoltaram-se e derrubaram o governo de Américo Tomás e Marcelo Caetano. O regime caía sem ter ninguém que o defendesse.
Ao final da tarde do dia 25 de Abril de 1974 eram detidas as principais autoridades militares afectas ao regime e, às 18h40m a RTP emitiu o primeiro Telejornal de um país livre e um comunicado do MFA, anunciando a rendição das forças fiéis ao Governo. Mais tarde, foi lida a proclamação do Movimento das Forças Armadas, que anuncia as medidas a tomar:
"Considerando que, ao fim de treze anos de luta em terras do Ultramar, o sistema político vigente não conseguiu definir, concreta e objectivamente, uma política ultramarina que conduza à paz entre os Portugueses de todas as raças e credos;
Considerando que a definição daquela política só é possível com o saneamento da actual política interna e das suas instituições, tornando-as, pela via democrática, indiscutidas representantes do povo português;
Considerando ainda que a substituição do sistema político vigente terá de processar-se sem convulsões internas que afectem a paz, o progresso e o bem-estar da Nação;
O Movimento das Forças Armadas Portuguesas, na profunda convicção de que interpreta as aspirações e interesses da esmagadora maioria do Povo português e de que a sua acção se justifica plenamente em nome da salvação da Pátria, e fazendo uso da força que lhe é conferida pela Nação através dos seus soldados, proclama e compromete-se a garantir a adopção das seguintes medidas, plataforma que entende necessária para a resolução da grande crise nacional que Portugal atravessa.(...)" - Proclamação do MFA, 1974
Após 48 anos de ditadura era restaurada a Democracia e a Liberdade em Portugal, através da extinção da polícia política e prisão dos seus membros, da abolição da censura, da libertação de todos os presos políticos e autorização do regresso dos exilados, da autorização de formação de partidos políticos e de sindicatos livres, da independência das colónias portuguesas (com excepção de Timor), da organização de eleições livres para a formação de uma Assembleia Constituinte que aprovou a nova Constituição.
A 30 de Dezembro de 1974, a Câmara Municipal de Lisboa numa perspectiva clara de mudança toponímica, eliminando indícios referentes ao regime salazarista, passou a denominar à Avenida 28 de Maio, Avenida das Forças Armadas. A homenagem é efectuada ao Movimento que contribuiu para o êxito do 25 de Abril de 1974.
TSP

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