Este topónimo consagra Eduardo Chivambo Mondlane (Gaza/Knambani-Junho de 1924 - 03-02-1969/Dar-es-Salam/Tanzânia), fundador e 1º Presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), brutalmente assassinado em 3 de Fevereiro de 1969, por uma bomba colocada numa encomenda enviada pelo correio.
A deliberação de Câmara de 7 de Fevereiro de 1983 resultou da aprovação de uma Moção apresentada pelos Vereadores da A.P.U. - Aliança Povo Unido para que o nome de Eduardo Mondlane fosse dado a uma rua ou avenida de Lisboa.
A 19 de Abril de 1983, a Comissão Municipal de Toponímia considerou que «está agendada para a próxima reunião camarária a proposta número quarenta e seis / oitenta e três que visa suspender a deliberação tomada em sete de Fevereiro último, de atribuição do nome de Eduardo Mondlane a uma rua ou avenida de Lisboa, até completo esclarecimento da situação dos portugueses detidos, sem culpa formada, na cidade da Beira, e à entrega de uma resposta satisfatória ao pretexto formulado pelo Governo Português, a Comissão reserva o seu parecer para uma próxima oportunidade, de modo a deliberar em consonância com a votação dessa proposta.»
Depois, a 7 de Outubro de 1983, a mesma Comissão recebeu uma carta de Mário da Cunha Gonçalves, protestando pelo facto de ter sido atribuído o nome de seu falecido pai, doutor Cunha Gonçalves, a "uma praceta dos arredores, em bairro predominantemente habitado por iletrados e marginais". A Comissão foi então do parecer que « Embora não podendo concordar com algumas das razões aduzidas pelo reclamante, a Comissão entende que a sua qualidade de filho do homenageado lhe confere o direito de não querer o nome de seu pai naquele local e, assim, sugere que a Praça Doutor Cunha Gonçalves passe a denominar-se Praça Eduardo Mondlane/Político/1920 - 1969.»
No ano de 1983, a Câmara homenageou aqueles que lideraram os movimentos pela independência dos países africanos de expressão portuguesa. Para além de Eduardo Mondlane, por edital de 22 de Abril foram atribuídas ruas a Agostinho Neto- presidente do MPLA a partir de 1962 e 1º Presidente da República Popular de Angola- e a Amilcar Cabral, fundador em 1956 do PAIGC, assassinado por dissidentes desse partido em conluio com a PIDE-DGS.
[PM]

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