Toponimia - detalhe

Deputado,Escritor,Poeta,Politico,Mulher

Rua Natália Correia

Escritora e Poetisa - 1923-1993
  • Freguesia(s): São Vicente
  • Início do Arruamento: Rua dos Sapadores
  • Fim do Arruamento: Rua da Graça
  • Data de Deliberação Camarária: 14/07/1993
  • Data do Edital: 23/07/1993
  • Designação(ões) Anterior(es): Rua A, a Sapadores

A CML, no seu edital de 23/07/1993, homenageou a poetisa Natália Correia, atribuindo o seu nome a um arruamento na freguesia da Graç.

Natália Correia (S. Miguel- Fajã de Baixo/13,09,1923 - 1993/Lisboa), personalidade de relevo da Cultura e Vida Pública portuguesas do século XX homenageada pela edilidade lisboeta em 1993, ano da sua morte, na Toponímia da freguesia de São Vicente.
Natural da ilha açoreana de São Miguel, nascida a 13 de setembro de 1923, freguesia da Fajã de Baixo, Natália de Oliveira Correia, destacou-se pela vasta e pungente obra enquanto poetisa, dramaturga, ficcionista e investigadora, divulgando e instando sobre temas como a «especificidade da cultura mediterrânica e açoriana ou do universo feminino», desde cedo evidenciando convicta e ativa consciência cívica na vida sócio – cultural e política do seu tempo.
Estreou-se em 1945 com «As Grandes Aventuras Dum Pequeno Herói» publicando Poesia, Teatro, Romance, Ensaio, Crónicas e Antologia. Obra fecunda em que se destacam as peças «O Progresso de Édipo», «A Pécora», «O Encoberto», as poesias de «Rio de Nuvens», «A Madona», «Mátria», o ensaio «Poesia de Arte e Realismo Poético» ou «Descobri que era Europeia», entre tantas, tantas outras de inestimável significado.
Dirigiu «O Século Hoje» (1976) e «Vida Mundial» (1976 – 1977), tendo sido argumentista e participado em inúmeros programas de televisão, um dos quais sobre mulheres notáveis do seu país.
Em 1980 é eleita deputada à Assembleia da República pelas listas do PSD, tendo passado pouco tempo depois a independente. Na V legislatura, iniciada em 1987, é eleita pelo PRD. Afastou-se da primeira linha política findo o exercício do seu mandato, mantendo-se intrépida defensora dos valores culturais até ao final dos seus dias. Em 1992, por exemplo, contribuiu para a dinamização da Frente Nacional para a Defesa da Cultura.
Agraciada com o Prémio Internacional de Estudos sobre Petrarca (1977) e com a Ordem de Santiago da Espada, o seu nome encontra-se inscrito na toponímia da Graça, próximo do seu «Botequim» (espaço lúdico e de tertúlia que desde 1971 se tornou referência entre intelectuais, políticos e artistas) e da rua pela qual todos os dias passava e sobre a qual tinha a curiosidade de saber o nome, graças à aceitação de uma sugestão das Organizações Não Governamentais do Conselho Consultivo da Comissão para os Direitos das Mulheres.
Personalidade multifacetada em termos das mais variadas formas de intervenção cultural, dizia sobre si que era 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑔𝑢𝑒𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑠𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑐̧𝑜𝑟𝑖𝑎𝑛𝑎, 𝑖𝑛𝑐𝑎𝑝𝑎𝑧 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠.
[JL]

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Foto - Edital da Rua - Edital nº 78/1993
Edital da Rua, Edital nº 78/1993
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